Inoema Jahnke poesia Silenciosa poesia





Silenciosa poesia

Não sei se a nascente se esvaiu,
Se foi o peito no leito que dormiu, não sei...
Talvez, seja a melodia que emudeceu...
E a rima solitária entristeceu,
De repente, fiquei vazia, feito casca oca...
Um vazio que seca a boca.

Feito leito sem chegada, mar sem partida,
Praia sem ondas para repousar,
Areia sem água para molhar...
Poesia... sem coração para brotar,
Aos ouvidos do poeta surdo de emoção
A poesia se despede, sucumbe a inspiração.

Deveras entristecido o dia adormeceu
E na noite escura e fria a lágrima se aqueceu,
Na poesia que o papel não tingia,
Sem tinta para pincelar a lágrima tomou coragem
E escorreu pela face… cem silenciosa poesia

Que só a noite escura e fria ousou escutar...



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