Metamorfose às avessas, se fez lagar à borboleta...
Uma sombra no modo de olhar...
Talvez, quem sabe… ali sempre estivesse.
Debrucei-me no algibe da minha solidão.
Senti o peso das correntes...
Absurdamente grossas e enferrujadas.
Percebi que a minha dor não fazia ruídos,
Como alguém que sufoca em uma sala abafada,
Lentamente fui sendo entorpecida e não fiz nada...
Eis ali, sem casulo de transmutação, enclausurada...
A borboleta em mim estaticamente petrificada
Observando tudo sem fazer nada.
Havia um que de contentamento,
Nos olhos do meu algoz,
Ao ver-me sufocar em meus aposentos.
Ali, o mais feroz dos monstros,
Faminto voraz dos meus dias
... Era o tempo.
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