Meio século e contando...

Meio século essa noite...

Tenho a alma preenchida de vida, de tudo o que me toca profundamente... Quando busco equilíbrio mergulho em mim, me fortifico em cada memória no meu acervo de erros e acertos.

Hoje o coração pede paz, pede um ritmo mais pausado e menos taquicardia, não é cansaço da idade é sabedoria do tempo!

Levei tempo para entender que me fazer muro, proteger aos que amava, aquecia minha alma, glorificava meu amor, mas desestabilizava minha mente, que por mais linda e esperada que seja a reciprocidade o caminho mais justo que encontrei foi buscar em mim mesma a minha paz, afinal de quem vou cobrar as tempestades se não de mim mesma.

Sim, hoje desfruto do meu lugar ao sol... Mas, da mesma forma enfrento os dias cinzas... Estou de pé, e é assim que a vida me vê, de pé, o tempo passa por mim como o vento que me contorna, me areja e me nutre, por vezes mais afoito outros me abraça em calmaria...

Busco a forma mais bonita de me mostrar ao mundo, não é vaidade é gratidão...

Tento deixar o meu melhor nas pessoas que compartilham meu caminho, sejam apenas por um minuto ou por a vida inteira, mesmo nas tempestades dos dias cinzas, ainda ali quando sou ventania, gosto de pensar que uso a minhas forças para o bem.

Se entrego o meu melhor e, esse melhor não basta, não é culpa ou falha minha, é apenas a exigência alheia que não foi alcançada, a única superação que está a meu controle é a minha própria.

O conforto que está consciência me traz é de paz, de autorrespeito, de compaixão com minhas falhas e gratidão com minha história.

Tenho orgulho de estar em todos e tudo que está em mim, estou hoje, como e onde deveria estar, em paz comigo mesma, em harmonia com minhas expectativas, realizada com minhas conquistas, satisfeita com minha integridade pessoal e agradecida a minha história, hoje os meus 50 me encontram de pé e é assim que me vejo diante do tempo... de pé!



Nas crinas do vento me fiz ginete, ainda guria gineteando o minuano aprendi que quando é tempo de ventania é preciso ser bambu, ter molejo e equilíbrio para não cair dos arreios, pois a vida é montaria que não para o troteio.

Gaúcha, sim, com muito orgulho!

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