Poesia contemporânea, "Berçário da exclusão" Inoema Jahnke










Berçário da exclusão

Tendo a morte como rotina e o medo como vigília
Cresce a esmo da sociedade, sem direito de cidadão
Uma tribo intitulada filhos da calçada.

Sem teto, sem rumo... Vivendo na exclusão
A eles é negado o sustento, a proteção,
Resta a eles se virarem conforme a situação...

Tendo a calçada como escola e a fome como professora,
Já é de se esperar que a lição seja roubar...
E quem será capaz de os condenar?...

A pobreza se prolifera são os filhos da miséria
Crianças concebidas sem nenhuma proporção
Como se ao nascer não precisasse de pão.

Já se conhece o caminho que esperar estes meninos
Cadeia, trafico ou grupos de extermínio
Quem desejaria este destino?!...


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